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quinta-feira, 13 de junho de 2013

As ondas são anjos que dormem no mar,
Que tremem, palpitam, banhados de luz...
São anjos que dormem, a rir e sonhar
E em leito d'escuma revolvem-se nus!
E quando de noite vem pálida a lua
Seus raios incertos tremer, pratear,
E a trança luzente da nuvem flutua,
As ondas são anjos que dormem no mar!
Que dormem, que sonham- e o vento dos céus
Vem tépido à noite nos seios beijar!
São meigos anjinhos, são filhos de Deus,
Que ao fresco se embalam do seio do mar!
E quando nas águas os ventos suspiram,
São puros fervores de ventos e mar:
São beijos que queimam... e as noites deliram,
E os pobres anjinhos estão a chorar!
Ai! quando tu sentes dos mares na flor
Os ventos e vagas gemer, palpitar,
Por que não consentes, num beijo de amor
Que eu diga-te os sonhos dos anjos do mar?

Álvares  Azevedo

Pesquisa por Amanda Rôde
Nas décadas de 50 e 60 do século XIX, durante o Romantismo, jovens poetas universitários de São Paulo e Rio de Janeiro reuniram-se em um grupo, dando origem à poesia romântica brasileira conhecida como Ultra-Romantismo.
Essa geração foi influenciada pelo escritor inglês Lord Byron – sendo assim também conhecida como “geração byroniana”, cujo estilo de vida era imitado. 

O Ultra-Romantismo se caracteriza pelo pessimismo, sentimento de inadequação à realidade, ócio, desgosto de viver, essa geração sentia-se “perdida”, não tinha nenhum projeto no qual se apegar.
O apego a bebida, ao vício, atração pela noite e pela morte caracterizava o “mal-do-século”, características presentes nas obras do principal representante: Álvares de Azevedo, acrescentando temas macabros e satânicos. A tendência contou ainda com Cassimiro de Abreu, Fagundes Varela e Junqueira Freire. 
Os Ultra-Românticos não se apegavam aos temas e posturas do Romantismo (nacionalismo e indianismo) pelo contrário, os desprezavam, mas o subjetivismo, o egocentrismo e o sentimentalismo foram bastante acentuados.
Por Marina Cabral 
Especialista em Língua Portuguesa e Literatura.

Pesquisa por Vanilla
Foi preciso esperar pela época do Romantismo (século XVIII) para que se criassem as primeiras bases sólidas do romance. Antes disso, apenas se produzia a novela, que andava, sensivelmente, ao nível do romance de aventuras em série e do romance de folhetim. Em traços largos, o romance distingue-se da novela pela maior extensão do texto e pelo fato de na novela predominar o evento, a história contada no geral, enquanto que no romance há o avultar de toda a atmosfera psicológica, social, ambiental, configurando o mundo das personagens, tornando-o mais denso e complexo, aproximando o leitor aos reais acontecimentos cotidianos, dando, assim, lugar a um ritmo e a um tempo da história muito mais lento, mais alargado, mais próximo do tempo real. O romance histórico português produziu brilhantes exemplos, multiplicando o número de autores que o adoptaram, revelando ao mundo das Letras portuguesas nomes marcantes como os de Alexandre Herculano, Almeida Garrett, Camilo Castelo Branco, A. da Silva Gaio e outros.

Pesqusa por Karina Paiano
"Cena V"
"Uma sacada que dá para os
aposentos de Julieta, sobre o jardim.""
"JULIETA — Já vai embora? Mas se não está nem perto de amanhecer! Foi o rouxinol, não a cotovia, que penetrou o canal receoso de teu ouvido. Toda a noite ele canta lá na romãzeira. Acredita-me, amor, foi o rouxinol.""
ROMEU — Foi a cotovia, arauto da manhã, e não o rouxinol. Olha, amor, as riscas invejosas que tecem um rendado nas nuvens que vão partindo lá para os lados do nascente. As velas noturnas consumiram-se, e o dia, bem-disposto, põe-se nas pontas dos pés sobre os cimos nevoentos dos morros. Devo partir e viver, ou fico para morrer.
JULIETA — Essa luz não é a luz do dia, eu sei que não é, eu sei. É só algum meteoro que se desprendeu do sol, enviado para esta noite portador de tocha a teu dispor, e iluminar-te em teu caminho para Mântua. Portanto, fica ainda, não... precisas partir.
ROMEU — Que me prendam! Que me matem! Se assim o queres, estou de acordo. Digo que aquele acinzentado não é o raiar do dia; antes, é o pálido reflexo da lua. Digo que não é a cotovia que lança notas melodiosas para a abóbada do céu, tão acima de nossas cabeças. Tenho mais ânsia de ficar que vontade de partir. — Vem, morte, e seja bem-vinda! Julieta assim o quer. — Está bem assim, meu coração? Vamos conversar... posto que ainda não é dia!
JULIETA — É dia sim, é dia sim. Corre daqui, vai-te embora de uma vez! É a cotovia que canta assim tão desafinada, forçando irritantes dissonâncias e agudos desagradáveis. Alguns dizem que a cotovia separa as frases melódicas com doçura; não posso acreditar, pois que ela vem agora nos separar. Alguns dizem que a cotovia é o odiável sapo permutam seus olhos; como eu gostaria, agora, que eles também tivessem permutado suas vozes! Essa voz alarma-nos, afastando-nos um dos braços do outro, já que vem te caçar aqui, com o grito que dá início à caçada deste dia. Ah, vai-te agora; ilumina-se mais e mais a manhã.
ROMEU — Ilumina-se mais e mais... enquanto anoitece em nossos corações!
(Entra a Ama.)
AMA — Madame!
JULIETA — Ama?
AMA — A senhora tua mãe vem vindo para os teus aposentos. Amanheceu. Sê prudente, cuida do que acontece à tua volta.
(Sai.)
JULIETA — Então, janela, deixe entrar o dia e deixe fugir a vida.
ROMEU — Adeus, adeus! Um beijo, e eu desço.
(Desce.)
JULIETA — Estás indo embora assim? Meu esposo, meu amor, meu amigo! Preciso ter notícias tuas todo dia, a cada hora, pois num único minuto cabem muitos dias. Ah, por essa contagem estarei velhinha antes de reencontrar o meu Romeu.
ROMEU — Adeus! Não perderei oportunidade em que possa transmitir a ti, amor, meus sentimentos.
JULIETA — Acreditas que nos veremos de novo?
ROMEU — Não duvido nem por um momento. E todas essas aflições servirão de tema para doces conversas em nosso futuro.
JULIETA — Ah, Deus! Como minha alma é agourenta. Penso ver-te, agora que estás aí embaixo, como alguém morto, no fundo de uma tumba. Ou meus olhos estão me enganando ou estás muito pálido.
ROMEU — Acredita-me, amor, enxergo-te igualmente pálida. A tristeza, insensível, nos bebe todo o sangue. Adeus, adeus!
(Sai, abaixo da sacada.)"
"~ William Shakespeare ~"
* Especial: Romeu e Julieta
~ Arnaldo Poesia ~"
Pesquisa por Jaiane Veras.
O sonho de te ter
Por tanto tempo separados e hoje eu te encontrei e senti que ainda te amo, pensei que conseguiria superar a distância, que ela me faria esquecer você, mas não, não consegui. Tudo que eu queria era te esquecer, cada vez que você se aproxima de mim eu sinto todo esse amor crescer, meu coração fica a ponto de explodir, quando que vejo a sua boca surge uma vontade insuportável de te beijar, sentir o calor dos teus lábios nos meus, Ai que sonho! É tão bom te ver, falar com você, mexer no seu cabelo, sentir suas mãos em meus pulsos, os mesmos pulsos que agora desejo esfolar, para escapar de tudo isso, já que você não se importa comigo qual o sentido de eu me importar com o que você vai sentir se eu morrer? Enfim... A excitação cresce em mim, e eu só quero ter você, nada mais importa quando você me toca, cada vez que estou com você fico marcada, uma marca física e uma marca psicológica, e a ânsia que sinto em te ter para mim só aumenta, cresce e se expande extraordinariamente, inexplicavelmente, eu te amo, mais e mais, não consigo parar esse sentimento, já tentei, e estou tentando constantemente pará-lo, estancá-lo, destruí-lo, matá-lo, mas não consigo, você está em mim, mora em mim e não vai sair de jeito nenhum. Cada palavra que eu falo é inútil para descrever o que venho sentindo não existe nada que expresse nenhuma palavra, nenhuma atitude, a infinidade dos céus, as milhares, milhões, bilhões de constelações e planetas do universo são minúsculas comparadas ao meu amor, e ele só tende a aumentar. Você está tomando a luz dos meus olhos com a sua escuridão, as suas sombras me acompanham, me submergem, nas profundezas do submundo que é amar você, é como um labirinto, não importa pra que lado eu vá, é impossível sair, você nunca vai sair de mim, nunca vai me deixar viver em paz, e dessa forma minha única paz só será encontrada quando eu te tiver sob o meu poder, ou quando finalmente eu acabar com meu calvário, no fundo de uma cova, fria e escura.



Autora: Túlasi Maharani.
segunda-feira, 10 de junho de 2013
Disparo contra o sol
Sou forte, sou por acaso
Minha metralhadora cheia de mágoas
Eu sou o cara
Cansado de correr
Na direção contrária
Sem pódio de chegada ou beijo de namorada
Eu sou mais um cara

Mas se você achar
Que eu tô derrotado
Saiba que ainda estão rolando os dados
Porque o tempo, o tempo não pára

Dias sim, dias não
Eu vou sobrevivendo sem um arranhão
Da caridade de quem me detesta

A tua piscina tá cheia de ratos
Tuas idéias não correspondem aos fatos
O tempo não pára

Eu vejo o futuro repetir o passado
Eu vejo um museu de grandes novidades
O tempo não pára
Não pára, não, não pára

Eu não tenho data pra comemorar
Às vezes os meus dias são de par em par
Procurando agulha no palheiro

Nas noites de frio é melhor nem nascer
Nas de calor, se escolhe: é matar ou morrer
E assim nos tornamos brasileiros
Te chamam de ladrão, de bicha, maconheiro
Transformam o país inteiro num puteiro
Pois assim se ganha mais dinheiro

A tua piscina tá cheia de ratos
Tuas idéias não correspondem aos fatos
O tempo não pára

Eu vejo o futuro repetir o passado
Eu vejo um museu de grandes novidades
O tempo não pára
Não pára, não, não pára


Na época em que Cazuza existiu o Brasil sofria uma transformação cultural; sofríamos com uma crise, tínhamos que pagar uma divida. Cazuza, tentava mostrar em suas músicas sua indignação com a nação. Nesta musica ele crítica, na primeira estrofe que o Brasil estraria regredindo, correndo na direção contrária. 'Eu sou o cara' seria para dizer que nós, brasileiros, temos força, pegada, garra. Não teríamos um ''pódio de chegada'' poque não estávamos indo a lugar algum, literalmente regredindo com a nação. Estaria '' rolando os dados'' porque mesmo, aparentemente derrotados, não iriamos desistir de salvar a nação da crise. ''Sem data para comemorar'' significaria que não tínhamos dia para vencer, para crescermos. Ele via que de certa forma o Brasil podia mudar em alguns aspectos, mas que o futuro iria repetir o passado. Havia  a questão de que o Brasil lá fora era visto mais por causa das mulher de extrema beleza, mas também da prostituição, e mesmo assim continuava com o preconceito contra os gays.. O Brasil estava a procura de fazer riquezas.

Pesquisa por :Letícia e Jamile Pereira.
quarta-feira, 5 de junho de 2013
Às vezes no silêncio da noite
Eu fico imaginando nós dois
Eu fico ali sonhando acordado
Juntando o antes, o agora e o depois
Por que você me deixa tão solto?
Por que você não cola em mim?
Tô me sentindo muito sozinho
Não sou nem quero ser o seu dono
É que um carinho às vezes cai bem
Eu tenho os meus desejos e planos secretos
Só abro pra você mais ninguém
Por que você me esquece e some?
E se eu me interessar por alguém?
E se ela, de repente, me ganha?
Quando a gente gosta
É claro que a gente cuida
Fala que me ama
Só que é da boca pra fora
Ou você me engana
Ou não está madura
Onde está você agora?
Quando a gente gosta
É claro que a gente cuida
Fala que me ama
Só que é da boca pra fora
Ou você me engana
Ou não está madura
Onde está você agora?
Pesquisa por Monalisa Lima